terça-feira, 28 de abril de 2015

Vinte e cinco anos de promessa...

. Lá se vão vinte e cinco anos...

Em 1990, por desejo de minha irmã fui colocada no Escotismo... Naquela época tudo era diversão... O meu Akelá, Fred, era maravilhoso,  braaabo toda vida, mas eu adorava ele... E meu Kaa, Alvimar??? Referência de postura e personalidade, o que mais lembro é de sua alegria e energia contagiantes... Nunca vou esquecer da paciência que teve comigo no Acantonamento de graduados me ensinando a pular carniça... Até eu pisar em um siri na Lagoa de Iguaba...
Minha Bagueera, Monique, ficou conosco muito pouquinho, indo ser Chefe Guia... E minha Raksha, que por muito tempo foi meu exemplo do tipo "quero ser você amanhã", mas de tanto chama-la de Raksha, não lembro o seu nome...
Uma coisa que lembro muito dessa época é do Clã... Não só por causa do Festival da Clãção, quando nos sentimos o máximo cantando no Palco do auditório do Instituto Abel... Mas porque eles eram o máximo, fosse no início ou no final da reunião eu, invariavelmente, ficava rodando de cabeça para baixo... Nesses momentos que me vem a tona o quanto eu era quietinha...
A entrega do Cruzeiro do Sul foi realizada em uma atividade distrital, em um Forte, eu acho, mas não é minha lembrança mais forte...
Passei para a Tropa de Escoteiras aos dez anos e meio... Acho que já havia perturbado o suficiente... Eu não queria passar, mas como Cristiane e Adriene já tinham onze anos... Fui no comboio... Junto também com Bruno, Eric e Manoel...
Lembro da minha passagem como se fosse hoje, o ritual de tirar o uniforme azul marinho, não foi traumático, mas marcante... Em seguida... A carniça, já tava craque, foi mole... O que hoje os jovens fazem como diversão no GJ, era nosso ritual de passagem...
Fui para a Gemini, Tania foi a melhor monitora que tive... Aí conheci Marianna... Lembro de como passei mal no meu primeiro acampamento, no jantar temático após comer strogonoff... E da patrulha Sol, da minha irmã, me dando sorvete para eu me sentir melhor... Foi um Acampagesfa no Forte do Imbuí...
Lembro muito bem da guerrilha do meu acampamento de promessa, quando me escondi, por orientação da minha monitora Simone, em cima da árvore, foi divertido... Muito mesmo... Cai um milhão de vezes, o que fez com que eu ganhasse uma estrofe na música da chefia... Nessa época minha chefe já era Fernanda que eu amava... Uma cena que nunca vou esquecer dessa época foi a sua despedida da Tropa, foi no dia do meu aniversário e por algum motivo inexplicável resolveram jogar ovo em mim e nela e na Didi (a melhor assistente do mundo!),  nem sei se elas se lembram disso, mas me lembro muito bem de nos escondermos no segundo andar do Colégio São Vicente...  com a saída delas foi embora uma geração... Ficamos eu, Marianna, Milena, Michele, Fernanda, Flavia e Aline... Nessa época, Erica entrou e na sua primeira reunião que fizemos catapulta toda de branco... Ela saiu imunda, mas feliz... Nessa época éramos apenas Gemini e Sol, virei sub mas tive Febre Reumática e nunca vou esquecer da minha patrulha me visitando em casa... Pequenos gestos inesquecíveis...
Lena saiu e Leyla e Carol assumiram a Tropa... Verdade seja dita, por mais cisma que tivéssemos com Lena que defendia a Sol, na minha percepção, foi quando aprendemos técnica Escoteira de fato... Com Leyla e Carol no Assunção, na Igrejinha e na Praça, lotamos a tropa, reabrimos a Sirius e a Antares, tendo Fernanda e Marianna a frente... Nessa época entraram Dani e July, na Gemini, e Gabi, na Sol... Foi a época dos sonhos... Minhas atividades (excursões, acampamentos, escaladas, jornadas) de patrulha com meu pai ou com o pai de Beatriz, o Galindo, foram inesquecíveis também... Conheci lugares em Niteroi que nem sonhava... Foi a geração dos Cursos de Graduados 8+15, os dois muito bem elaborados e executados... Do vôlei na praia, dos Torneios técnicos, das "andadas" na praia... O Ramo Escoteiro foi, sem a menor dúvida, o mais intenso e mais marcante.
Aí... Nossa chefe já era Soraia, que ajudou a me enganar na minha festa surpresa, fui para casa dela ajudar no computador... Cai bem... Bem vindo os quinze anos, hora de me despedir da minha super patrulha de oito integrantes que me deram muita dor de cabeça, inclusive com a criação de um livro paralelo, mas também muitas alegrias... Como esquecer de Elisa com o joelho ferrado tirando onda na trilha da aventura, dos acampamentos de patrulha, de Valeria, Carla, Erica, Clarissa, July e Dani... De ficar escondida literalmente no meio do mato numa guerrilha com Fernanda...
Bem, "sucessoras preparadas", passamos...
Marianna e eu fomos para a Karuah, July para a Kalapalo Os primeiros anos foram maravilhosos mesmo! Marcela e Carol foram ótimas chefes, apesar de poucas éramos muito animadas, nossa patrulha tinha ainda Juliana, Renatinha, Carol e Luciana, nos divertíamos muitíssimo... Uma atividade muito legal foi gravar uma rádio, um dos dias mais divertidos que tivemos... Decidimos ir ao Jamboree Nacional e para viabilizar a viagem inventamos a Festa das Gatunas, daí veio a necessidade da camisa e lembro bem de ir na casa da vizinha para imprimir o desenho para que eu pudesse ampliar... Nessa noite não dormi... Marianna, Dani, Gabi e eu fomos as que mais nos empenhamos, mas todas tiveram uma atuação importante, nessa época Josie e Tati, já estavam conosco. Depois, Ana Paula veio fazer parte da tropa, e foi o destaque junto com Luciana nas rádios...
Aí veio a junção da TG e TS... Lembro de uma reunião na praça Dom Orione muito tensa porque não queríamos aquilo, mas não pudemos edcolher... Nessa junção algumas pessoas saíram... Mas optamos por ficar e vieram muitas tensões... Escolhemos os nomes das patrulhas de fenômenos da natureza depois de um acampamento experimental, minha patrulha era Eric, Guilherme e David, foi quando nos conhecemos... Nossa patrulha : SUPERFUSCA  Lembro também de uma gincana com patrulhas testes, com tarefas por toda cidade e minha patrulha foi com Marianna, Guilherme e Eric... Guardo a foto da lambelambe até hoje...
Finalmente dividimos as patrulhas em fenômenos da natureza, como monitores Ana (Kalahari), David (Cumulus nimbus - futura Krakatoa), July (Tormenta - futura Cabo das Tormentas) e eu (Tsunami - futura Matherhorn)... Algumas atividades me marcaram... A noite internacional no Parque da Cidade, onde fomos Jamaica, a guerra de bosta no Acampamento conjunto e a vigília de investidura em Itacoatiara... Sem contar o Jamboree Nacional em que July, Very, Ana, Marianna, David e eu formamos a Patrulha Parintintin.
E vieram os dezoito anos... A verdade é que me lembro pouco de nós como Clã, fora o Elo, os Mutirões regionais/nacionais  AcampRio e Vigílias/Pre Vigilias... Meu foco nessa época era o vestibular, e estávamos perdidos e algum tempo sem mestre... No finzinho mamãe virou nossa mestre...
No início éramos muitos, inclusive com Comad... O que durou pouco...
No fim, quando brigamos para a realização do Encontro de graduados, chefes e pioneiros, éramos poucos...
Foi a geração do Clã Repolho... A explicação é simples, em uma das Pré Vigilias Regionais que participamos teve uma dinâmica para podermos nos identificar como REPOLHO ou ROSA... Repolho é aquele que se fecha, e Rosa aquela que se abre... Éramos SUPER MEGA REPOLHO!
Fui assistente da TEM no Camporee e me apaixonei... E após um estágio relâmpago e traumático na TSM, completei 21 e fui correndo ser assistente da minha irmã na TEM... Bem, a idéia era essa... Mas virei chefe e ela saiu... Kobould e Paulo Felipe me ajudaram no início... A tropa era minúscula, mas felizmente em um ano conseguimos enche-la e em dois tínhamos as quatro patrulhas, tivemos que rebolar muito com a falta de um Programa claro, bem elaborado e com uma boa literatura (agradeçam, hoje estamos no céu)...  Vieram Gledson, meu irmão de coração,  Evelyn, Renato, Douglas, Marcia... A chefia sempre teve uma integração maravilhosa... Ganhamos várias músicas e até hoje não sei se foi bom ou ruim... Foi a era do "não interessa"... Continuou sendo meu ramo de coração... Aí... Meu pai faleceu... Me afastei, fiquei só como diretora técnica, cargozinho maldito,  importante é verdade, mas nada gratificante... Eu precisava de jovens, tipo Malévola que se alimenta da juventude,  pois é...
O Clã estava fechado, mas estávamos para ter jovens, na verdade, duas meninas,  com 18 anos...e fomos... Junto com David, Loany e Raissa reabrimos o Aba Tupan... Lá se vão oito anos....
Por aí fomos ao Jamboree da Inglaterra que foi a melhor experiência como ser humano da minha vida, explico, estar no mesmo lugar que as mais diversas etnias e religiões em harmonia é simplesmente mágico. Ouvir milhares de pessoas gritando IST (equipe internacional de Serviço) e cantando a Canção da Despedida, cada um no seu idioma é indescritível. De lá ganhei um amigo de coração, o Franco, um senhor cozinheiro italiano que só falava italiano, e no meio de belgas, suiços, franceses e ingleses (que compunham a minha equipe),  português era extremamente convidativo.
Mestre Pioneira e DT foram meus cargos por anos... Um deles, MP, ainda é... 
O que dizer sobre ser DT,.primeiro que tendo um diretor presidente sensato e amigo, facilita muito as coisas... Ganhei um amigo para a vida toda e nos apoiamos e socorremos por anos... É, Gelsom, agradeço por ter sido o "meu presidente", passamos por poucas e boas, daria um livro, uma novela e um manual de auto ajuda... Lidar com adultos voluntários é muito complicado mesmo... Felizmente estamos cercado de pessoas boas que adotaram o sentido família no seu amplo sentido, o que facilita muito as coisas...
Ser Mestre foi um desafio... Eu não tinha mais tempo para atuar na Tropa Escoteira e era o momento de reabrir o Clã... Já éramos legalmente um casal, por que não ser um casal de mestres...
Desafio lançado, fomos a ele...
Estamos na quinta geração de pioneiros, me comprometi com as atividades regionais e David com a Progressão... Eles fizeram diversos trabalhos importantes para o Grupo, como a Festa Junina, o Dia do Escoteiro, a horta, as divulgações e mesmo o auxílio as seções,  e fora dele com os Projetos de Insígnia de Anne e Estevao, a participação ativa nos desastres ambientais, em Niteroi ou subindo a Serra, as visitas, Distribuição de "sopa"... E o Mutiro, que deu muito trabalho, e horas de whatsapp de madrugada, mas valeu cada minuto... Fazendo com que eu participasse BEM grávida (Marcelo nasceu menos de um mês depois)... Fora as participações nas atividades regionais e nacionais... E nossas.Vigílias e Pré Vigilias que foram especiais... Atualmente, temos o Clã mais rosa que eu já vi...
Então, esses vinte e cinco anos me deram uma família de sangue, meu filho e meu marido, e de coração e de alma com muitos filhos e irmãos... Marcelo vai estranhar (ou não) a quantidade de irmãos mais velhos que ele tem... Mas tenho absoluta certeza, vai se divertir muito...
E que venham os próximos vinte e cinco...